segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

VIAGEM DE ESTUDO A MINA BREJUÍ.- UM POUCO DA HISTÓRIA DO RN.

As universitárias de Jardim do Seridó, da UFRN, Campus de Caicó, Maria de Fátima Alves de Medeiros e Patrícia Carlas Medeiros Martins do curso de geografia, nível II, estiveram, em novembro, na mineração Tomaz Salustino, localizada em Currais Novos, numa viagem de estudo, acompanhada da professora Ana Cláudia dos Santos da disciplina geologia geral.

Eis o relatório das duas estudantes depois da visita a Mina Brejuí, ao momorial Tomaz Salustino e ao Museu Mario Moacir Porto. Homenagem do Blog a pesquisa das duas alunas, da UFRN, e a escolha do Departamento de História e Geografia de realizar essa aula de campo no maior acervo Shelitifero do país e da America do Sul.

RELATÓRIO

Ao relatar sobre a viagem de estudo realizada no dia 03 de novembro de 2009, para a disciplina Geologia Geral visando adquirir conhecimentos sobre a trajetória de Tomaz Salustino, que foi o primeiro minerador do Rio Grande do Norte a explorar o minério scheelita no município de Currais Novos – RN.

A viagem de estudo teve início às O8hl5min da manhã, saindo do Campus de Caicó, onde saímos em destino à mina Brejuí, que fica localizada a 3 km da cidade de Currais Novos — RN.

Ao chegar, visitamos o Museu Mineral Mário Moacyr Porto, que representa uma amostra das riquezas minerais da região do Seridó, com destaque para a scheelita, de onde se extrai o metal tungstênio, muito usado no revestimento de aeronaves, em turbinas de avião, brocas de perfuração de poços de petróleo, filamentos de lâmpadas elétricas, entre outros.
No Museu Mineral Mário Moacyr Porto estão expostas também fotografias e objetos pessoais do fundador da mineradora e até o primeiro computador usado pela empresa na década de 60.

Em seguida, fomos conhecer a mina Brejuí, que é considerada a maior mina de scheelita da América do Sul. A mina Brejuí iniciou a exploração de suas atividades em 1943, data da descoberta do minério no município de Currais Novos-RN. Somente em 1954 a mina Brejuí foi constituída empresa com o nome Mineração Tomaz Salustino S.A, sendo concessionário o desembargador Tomaz Salustino Gomes de Meio.
A mineração em Currais Novos teve seu apogeu em plena Segunda Guerra Mundial, fornecendo toneladas de minério as indústrias do aço, chegando a empregar cerca de 1.500 funcionários. Dentre esses minérios estava em destaque a scheelita (minério tungstênio), componente importante na fabricação de armamentos, tornando o estado do Rio Grande do Norte maior produtor brasileiro desse minério.

A partir dos anos de 1980, do século XX, inicia-se o declínio da mineração, em consequência da oscilação dos preços internacionais da scheelita e da utilização de outros minérios para a fabricação de artefatos industriais e tecnológicos, levando a mina Brejuí a reduzir suas atividades de extração mineral e buscar novas alternativas econômicas.

Atualmente, as minerações do municípios de Currais Novos estão voltadas as suas atividades minerais paralizadas, parcialmente, desde o final da década de 90. Além da volta das atividades minerais, a mina Brejuf tornou-se nos últimos anos o maior parque temático do Rio Grande do Norte.

De modo geral, esse estudo em campo teve uma grande contribuição para ampliar nossos conhecimentos sobre os diversos tipos de minerais encontrados no Seridó, em destaque para o minério scheelita, que foi uma das mais importantes atividades econômicas do Seridó.

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